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Capturando Sonhos

  • Foto do escritor: Alessandra Bagattini
    Alessandra Bagattini
  • 26 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Quando me perguntam se eu tenho sonhos, muitas vezes fico sem resposta. A sensação que surge é de vazio, como se eu tivesse perdido meu propósito. Penso: “Será que me tornei uma pessoa sem direcionamento, sem um objetivo para alcançar?”


Por um tempo, confundi sonhos com metas. Achava que sonhos precisavam ser “grandes” , como aquele que tive na adolescência de me tornar psicóloga. Realizei esse sonho e, de repente, comecei a tratar todas as outras coisas como metas. Mas por que elas não podem ser sonhos também?


Lembro que, na minha formatura, escolhi como tema O Bom Gigante Amigo (BGA), de Roald Dahl, e a ideia de “capturar sonhos”, inclusive a decoração era o capturador de sonhos! Hoje, sinto que estou resgatando aquela essência: a de sonhar e acreditar no poder transformador dos sonhos.


Percebi que, para mim, um sonho é algo que me transforma. É algo que me imagino realizando e, naquele momento, sendo diferente, mais plena, mais feliz. É algo que faz meu coração vibrar, não importa o tamanho ou a escala.


Por exemplo, eu tenho um sonho de subir em um palco, tocar violão e cantar. Não precisa ter plateia; pode estar vazio. Para mim, esse palco estará lotado de significado, porque eu estarei fazendo algo por mim. Esse sonho vem de um lugar muito profundo ,uma infância onde processos foram interrompidos e introjetos limitantes foram criados. Tocar e cantar é me dar algo que não tive antes: liberdade e autoexpressão.


Outro sonho que guardo é aprender a nadar. Amo a natureza, a água, o sol. Mas, aos 12 anos, o mar quase me engoliu, e desde então fiquei receosa com a água. Pensar em aprender a nadar me traz uma sensação de liberdade tão grande que é impossível ignorar.


Ao escrever tudo isso, percebo que realizei um grande sonho na minha vida (ser psicóloga), mas cumpri poucas metas , talvez por não as tratar com o mesmo valor emocional que dou aos sonhos. Será que estou sendo injusta comigo mesma?


Percebo que, muitas vezes, cumpro o que combino com os outros, mas deixo de lado os compromissos comigo mesma. Dou desculpas. Minimizo meus próprios desejos. E, pior, coloco meus sonhos no lugar dos introjetos que carrego desde a infância, aqueles que me diziam que não era pra mim, que eu desistia de tudo.


Sim, existe a questão de aproveitar a jornada e não apenas focar no objetivo, pois é nela que está a verdadeira realização e o sentido da nossa vida. Mas o que eu trago em conjunto é o dar força para os nossos objetivos!


Ah, mas não pode? Isso é meta?

Quem disse?

A meta é sua, o sonho é seu. Decida qual nomenclatura é essencial para que saia do papel e se torne realidade!


Sonhos são diferentes. Eles nos tiram da inércia. Eles nos movem, nos dão energia para querer realizar. Para mim, isso é muito mais poderoso do que uma meta. Talvez seja assim para você também.


Então, eu te pergunto: quais são os seus sonhos? Não só para 2025, mas para a sua vida?


Metas, a gente joga pra frente, deixa para o próximo ano.

Sonhos, a gente coloca força, dedicação. Sonhos, a gente realiza.


Este é o meu compromisso para o futuro: dar aos meus sonhos o espaço e a importância que eles merecem, porque eles têm o poder de transformar a minha vida.


E você? Quais são os sonhos que estão esperando para ganhar vida?


2 Comments


carla.aus
Dec 27, 2024

Adorei! Como as palavras tem poder de nos impulsionar mesmo, uma boa reflexão! Obrigada 🙏🏼

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xvireis
Dec 26, 2024

Lindo texto e reflexão! Realmente colocar nossos objetivos nos lugares certos, com nomes que nos movimentam pra frente! ❤️

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