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Deixar Ir

  • Foto do escritor: Alessandra Bagattini
    Alessandra Bagattini
  • 3 de jan.
  • 2 min de leitura

Desprender-se, muitas vezes, é como arrancar um pedaço de nós mesmos, trocar de pele. Pode ser um processo doloroso, especialmente quando resistimos. Quanto mais relutamos, mais difícil e desgastante ele se torna.


Começar de novo pode ser assustador, mesmo quando parte de uma escolha nossa. O medo do desconhecido nos paralisa, enquanto o apego ao que já conhecemos ,mesmo que não nos satisfaça, cria barreiras invisíveis.


Despedir-se de partes de nós mesmos que já não fazem sentido não significa abrir mão da essência, mas sim se libertar do que não faz mais sentido. O que nos compõe sempre permanecerá na estrutura de quem somos, apenas abrindo espaço para que o novo nos transforme. Esse é um processo que desafia nossa zona de conforto.


Existe um filme que ocupa um espaço muito grande na minha vida: Poder Além da Vida, (Way of the Peaceful Warrior, de Dan Millman). É uma daquelas obras que sempre me oferece algo novo, mesmo que eu já tenha assistido inúmeras vezes (eu já perdi a conta). Cada vez que volto a ele, sinto que absorvo a mensagem de forma diferente, mais profunda.


O filme traz reflexões poderosas sobre o fluxo inevitável da vida, sobre a importância de estar presente e sobre como o sofrimento vem, muitas vezes, da nossa resistência ao que é. Ele me marcou tanto que quis levar sua mensagem comigo para sempre, de forma literal: gravei em minha pele as palavras que sintetizam seu ensinamento central. Elas são um lembrete constante de que a vida acontece no aqui e agora.


Muitas vezes, buscamos a felicidade em um destino final, em um objetivo futuro. Porém, ao chegarmos lá, essa felicidade pode não fazer mais sentido ou ser até inexistente. Isso acontece porque a beleza da vida está na jornada, nas aprendizagens diárias, nos desafios e também nas pequenas vitórias. Adiar a felicidade para o futuro rouba o propósito do presente.


Gostemos ou não, nada é permanente. Sempre temos o poder de escolha e a oportunidade de nos reinventar. Deixar ir não é um fim, mas um convite para um novo começo, um ciclo de transformação que nos permite estar mais presentes e conectados com a nossa essência.


A mensagem do filme é simples, mas poderosa:


Onde você está? Aqui

Que horas são? Agora.

O que você é? Esse momento.


O ato de deixar ir nos ensina a confiar no fluxo da vida e a valorizar o presente.

É uma prática que nos desafia a desapegar do controle e a nos abrir para o que está por vir. Afinal, o maior presente que podemos nos dar é a presença.

1 Comment


Evelise Magnus
Evelise Magnus
Jan 03

Perfeito! Exatamente o que eu precisava ler 🫶🏻

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